quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013


Constatei quando te vi. A cor laranja que melava o céu era uma mistura de nuvens, chuva e o sol como se possuísse dedos infantis misturando os tons de tinta num papel. Parei por alguns instantes para sentir os pingos me molhando, na certeza de que queria ter certeza de que não se tratava de um estágio de modificação induzida pelo desejo de estar numa dimensão distante daquela realidade concreta que sobrepujava carros, prédios, sons de seres humanos na angustiante repetição da rotina de seus dias de tédio diante de minhas órbitas. Engoli a poesia. Não preciso mais dela.

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