terça-feira, 26 de fevereiro de 2013


Quero acolher com generosidade o que em mim se manifesta de forma incorreta. Não vou pedir permissão aos outros para desenvolver a mim mesma, mando no meu corpo e em tudo o que ele confina, coração incluído, consciência incluída. Talvez eu esteja com receio de ter ido longe demais desta vez e esteja preparando a minha defesa, caso alguma coisa não saia como esperado. O que eu espero? Não espero nada, espero tudo, estou à deriva nessa aventura. Eu queria cristalizar esse momento da minha vida, mas estou em alta velocidade, e não sei se quero ir adiante, só que eu não tenho opção. Acho que é isso. Eu tinha opções, agora não tenho. Não consigo parar esse trem.

I have died everyday waiting for you. Darling don't be afraid I have loved you for a thousand years.
I'll love you for a thousand more...♫

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013


I thought that I heard you laughing. I thought that I heard you sing. I think I thought I saw you try...

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013


Não é um amor como os outros. Amor clandestino é amor bandido, fora dos padrões. Requer encontros secretos, sussurros ao telefone, algumas datas impossíveis de serem compartilhadas e muita saudade. Ou seja: é nitroglicerina pura! Nenhum desgaste do cotidiano, nada de sogra, cunhada e, melhor ainda, nada de filhos! É só os dois e aquelas horas contadinhas no relógio, impedindo que o casal perca tempo com qualquer outra coisa que não seja prazer. No entanto, as pessoas sofrem por causa destes amores. Se é tudo uma festa, qual é a bronca?

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013


Sempre vou sentir sua falta mais do que eu pensei que fosse possível sentir de alguém um dia.

domingo, 17 de fevereiro de 2013


Eu não queria ter ido tão longe. Nem seguido um que não posso, nem aturando outro que nunca pude. Eu só queria que ele aparecesse, o homem que vai me olhar de um jeito que vai limpar toda a sujeira, o rabisco, o nó. O homem que vai ser o pai dos meus filhos e não dos meus medos. O homem com o maior colo do mundo, para dar tempo de eu ser mulher, transar para sempre. Para dar tempo de seu ser criança, chorar para sempre. Para dar tempo de eu ser para sempre. Cansei de morrer na vida das pessoas. Por isso matei você. Antes que eu morresse de amor. Matei você. Eu sei que sou covarde. Surpreso? Eu não. Desculpa, eu tinha prometido nunca mais escrever tão subjetivamente. Te amo, viu? Você renasceu de novo. Eu sei que sou louca. Louca e covarde.

sábado, 16 de fevereiro de 2013


Eu treinei viver sem você, eu treinei porque você sempre achou um absurdo o tanto que eu precisava de você para estar feliz. De tanto treinar acostumei. E cadê a inspiração? Foi embora junto com a minha pureza, a minha crença, a minha fidelidade. Eu sou comum, igualzinho a você, a vocês. Eu cometo erros mesquinhos e sou capaz de grandes momentos. Para cada grande momento, milhares de erros mesquinhos no ar, no lençol, no ralo de um banho cheiroso. Para cada fundo do poço, milhares de motivos de perdão boiando, bóias de coração para eu me agarrar. E eu nunca me agarro em mim, sempre espero alguém chegar...

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013


A verdade é que eu ainda acredito em reencarnação. E eu te olhei tantas vezes implorando. Não morre, por favor. Seja ele, seja o homem que perde um segundo de ar quando me vê. Mas você nunca mais me olhou quase chorando, você nunca mais se emocionou, nem a mim.
Você nunca mais pegou na minha mão e me fez sentir segura. Nunca mais falou a coisa mais errada do mundo e fez o mundo valer a pena.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013


Você pensa que eu não sei que você sabe que eu estou mentindo? Eu sei. Quer um pouco de verdade? Leia o começo deste texto, não é sobre você que eu escrevo não. Essa é a verdade, mas você me ensinou que ela não é necessária. Eu sei bem. E sei que você mente também. E sei que a gente se atura porque perder pessoas é muito triste. Por mais que você não venha me encoxar no meio da noite, não me agarre no corredor, não jogue a porra do controle remoto para longe, não fale no meu ouvido o quanto você está precisando me comer naquele momento. Por mais que você não seja esse homem, você respira quietinho ao meu lado enquanto dorme, lindo. E quando você dorme quietinho assim, eu sei que, apesar de eu não abalar sua vida em nada, você precisa de mim. E você já abalou tanto a minha vida. Que pena, agora você morreu. Mas eu continuo vendo você respirar, quietinho, ao meu lado.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013


Eu não tenho tesão nenhum em separar o certo do errado. Espero não aguentar mais a dor do caminho errado para mudar de vida, é só isso que acontece. E o caminho certo também não me dá muito tesão não. Menos aquele que a gente fez para fugir, menos aquele que a gente fez para se pegar, se entrar, parar de pensar em sentir e sentir de uma vez. E a inspiração para escrever Meu Deus! Foi para onde? Foi para o mesmo lugar da minha outra paixão esquecida. O homem para o qual dedico este texto. Aquele que tirei do pedestal e nunca mais coloquei em lugar nenhum. Foi para depois. Depois que eu resolver o que é verdade, o que é de verdade.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013


Você pensa que eu não sei? Eu sei que tenho soluçado risos nervosos por aí. Sempre um por aí perto dos seus ouvidos. Tudo para você ver o quanto eu me divirto, o quanto sou charmosa. Para você lembrar de como a gente se diverte, com a minha risada, com a sua. E eu grito um pouco rindo, eu sei disso também. Que é para você lembrar de quando eu sinto prazer. De quando você me dá prazer. Eu passo quieta por você, você passa quieto por mim, e eu ainda escuto o barulho que a gente faz. Vocês pensam que eu não sei? Escova no cabelo todos os dias, lápis nos olhos, perfume de morango. Eu sei, eu sei, a paixão é ridícula. Sei que não cumpro o que prometo com olhares de mulher. Pois é, eu sou uma menina. Surpreso? Eu não. Você está surpreso mesmo? Achou que era uma mulher te instigando para fugir da lógica? Isso é coisa de criança. Lógica? Que se foda a lógica.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013


Noite em claro adentro. Com uma ampulheta presa no congelador. Ao invés de areia, conta gotas, para marcar o tempo. Não precisamos de portas, nem janelas trancadas. Podemos deixar que o vento invada e arraste o lençol. Deixando desnuda nossas intenções mais vis. Loucura. Capacidade de realizar o que para os outros se tornou impossível por conta da atrofia mental, social, sexual, carnal, espiritual. Coragem de imaginar e colocar em prática o que para os outros ficou só dos pensamentos secretos. Nos chamarão de devassos, de pornográficos, de imorais por cem milhões de vezes. Mas nós estaremos gozando juntos, de mãos dadas e beijando na boca.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013


Queria ter aquele amigo/amiga que faria tudo por mim, sabe, aqueles que não são só migué? Cadê alguém pra poder recorrer verdadeiramente? Não tem família, não tem ninguém. NINGUÉM! São só "galhos quebrados" momentaneamente. Cansada de achar que bênçãos virão e o máximo que acontece é ter pessoas que puxam meu tapete.

Preciso de um vocabulário chulo, que me faça repetir como uma vitrola arranhada parágrafos de uma junção de fonemas que não dizem nada com porra nenhuma com o propósito de sacudir uma cambada de almas sorridentes que vagueiam em busca de um pouco de diversão. Você é minha diversão. Seus olhos, seus trinta e dois dentes brilhantes como esmeraldas roubadas num descuido do vigia, sua boca roxa e essas expressões que aceleram o fluxo de minhas artérias a uma velocidade tão perigosa que poderiam me causar uma catarse atômica.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013


Constatei quando te vi. A cor laranja que melava o céu era uma mistura de nuvens, chuva e o sol como se possuísse dedos infantis misturando os tons de tinta num papel. Parei por alguns instantes para sentir os pingos me molhando, na certeza de que queria ter certeza de que não se tratava de um estágio de modificação induzida pelo desejo de estar numa dimensão distante daquela realidade concreta que sobrepujava carros, prédios, sons de seres humanos na angustiante repetição da rotina de seus dias de tédio diante de minhas órbitas. Engoli a poesia. Não preciso mais dela.


"Insanidade. Arte de ser lúcido onde os outros estão aturdidos em confusões mentais. Sabedoria para levar a mente ao extraordinário, onde pensamentos pequenos não consigam alcançar. Lhe chamarão de louco cem mil vezes e tentarão lhe convencer de que a aberração a qual se acostumaram é a maneira correta de viver a vida. Não é."

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013


"A gente sai de casa para ir numa festa ou para pegar a estrada, e antes que a porta atrás de nós se feche, ouvimos a voz deles, pai e mãe: te cuida. A recomendação sai no automático: tchau, te cuida. Um lembrete amoroso: te cuida, meu filho. A vida anda violenta, mas a gente não dá a mínima para este "te cuida" que a gente ouve desde o primeiro passeio do colégio, desde o primeiro banho de piscina na casa de amigos, desde a primeira vez que saímos a pé sozinhos. Pai e mãe são os reis do "te cuida", e a gente mal registra, tão acostumados estamos com estes que não fazem outra coisa a não ser querer nosso bem e nos amar para todo sempre, amém. No entanto, lembro da primeira vez em que estava apaixonada, me despedindo dentro do carro, entre beijos mais do que bons, com aquele que devia ser um moleque mas para mim era um homem, e um homem estranho, uma vez que não era pai, irmão, primo, amigo ou colega. Depois do último beijo, abri a porta do carro e, antes de sair, ouvi ele dizer com uma voz grave e sedutora: te cuida. Me cuidarei, pode deixar. Me cuidarei para estar inteira amanhã de novo, para te ver de novo, te beijar de novo. Me cuidarei para me tocares com suavidade, para nunca encontrares um arranhão sobre a minha pele. E cuidarei do meu humor, dos meus cabelos, cuidarei para não perder a hora, cuidarei para não me apaixonar por outro, cuidarei para não te esquecer, vou me cuidar. Me cuidarei ao atravessar a rua, me cuidarei para não pegar um resfriado, me cuidarei para não ficar doente. Me cuidarei, meu amor, enquanto estiver longe dos teus olhos, nos momentos em que você não pode cuidar de mim. Fica a meu encargo voltar pra você do mesmo jeito que você me viu hoje. É de minha responsabilidade não ficar triste, não deixar ninguém me magoar, não deixar que nada de ruim me aconteça porque você me ama e não agüentaria. Claro que me cuido, nem precisava pedir. Te cuida, dissera ele. E eu ouvi como se fosse um te amo.
Meses depois, terminado o namoro sem beijos de despedida, saio do carro trancando o choro, ainda que o rompimento tenha sido resolvido de comum acordo. Abro a porta e já estou com uma perna pra fora quando ouço, sem nenhuma aflição por mim, apenas consciência de que não teríamos mais notícias um do outro: te cuida. Me cuidei. Só chorei quando já estava dentro do elevador."


domingo, 3 de fevereiro de 2013

sábado, 2 de fevereiro de 2013

 

I loved you for a thousand years. I'll love you for a thousand more.