sábado, 18 de agosto de 2012

 

“Eu estava aqui. Bem aqui. Com o meu clichê “eu te amo, te quero bem”. Eu estava aqui. Para seus problemas pessoais, suas crises de solidão, seus cortes no pulso. Amor, eu estava aqui. Pras brigas, discussões, xingamentos, abraços, amor e sono. Tudo em sequência. Eu estava aqui quando você, arredia e espalhafatosa, derramava as flores pelo caminho, as dores pelas estradas, o desamor nas esquinas de bar. Estava aqui quando você clamava por alguém, pedia proteção, ajuda e sossego. Eu estava aqui. Estava amor, e você… você não viu.”


terça-feira, 14 de agosto de 2012


"Não. O final nunca chega; transforme-se e afasta-se novamente colocando asas sobre o que antes não podia ser. É que o final nunca chega; uma outra parte do ifinito é que se torna e é assim que continua eternamente, como um eco. Por certo, são os nomes que se acabam; mas é que eles nunca foram! O que há sobre tudo é o indefinido e o continuo. O olhar e a superficie de tudo e o significar dela tem fingido que é."

sábado, 11 de agosto de 2012

 

"Mas aí, daqui uns dias você vai me ligar. Querendo tomar aquele café de sempre, querendo me esconder como sempre, querendo me amar só enquanto você pode vulgarizar esse amor. Me querendo no escuro. E eu vou topar. Não porque seja uma idiota, não me dê valor ou não tenha nada melhor pra fazer. Apenas porque você me lembra o mistério da vida. Simplesmente porque é assim que a gente faz com a nossa própria existência: não entendemos nada, mas continuamos insistindo."

quinta-feira, 9 de agosto de 2012


"De vez em quando eu penso em quando estávamos juntos. Como quando você disse que se sentiu tão feliz que você poderia morrer. Eu falei para eu mesmo que você era certa pra mim. Mas mas senti tão sozinho em sua compania. Mas isso era o amor e é uma dor que ainda me lembro. Você pode ficar viciado em um certo tipo de tristeza, como renúncia ao final, sempre o final. Assim, quando descobrimos que não fazíamos sentido. Bem, você disse que ainda seríamos amigos. Mas eu admito que eu estava feliz por tudo ter acabado. Mas você não precisava ter me cortado de vez. Fazer como se nunca tivesse acontecido que não era nada. E eu nem sequer preciso do seu amor. Mas você me trata como um estranho e se faz tão rude. Não, você não tem que descer tão baixo. Ter seus amigos, recolher os seus registros e mudar seu número. Eu acho que eu não preciso, apesar de que agora você é apenas alguém que eu costumava conhecer...
Agora você é apenas alguém que eu costumava conhecer.
Agora você é apenas alguém que eu costumava conhecer.
De vez em quando eu penso em todas as vezes que você me ferrou. Mas me fezia acreditar que era sempre culpa de algo que eu tinha feito. Mas eu não quero viver dessa maneira, analisando cada palavra que você diz. Você disse que você poderia deixar pra lá e eu não iria pegar, você se desligou de alguém que você costumava conhecer. Mas você não precisava ter me cortado de vez. Fazer como se nunca tivesse acontecido que não era nada. E eu nem sequer preciso do seu amor..."

segunda-feira, 6 de agosto de 2012


"Eu não tenho medo de voar. Eu tenho medo de estar fechada num lugar e de ter escolhido estar fechada nesse lugar. Tenho medo porque meus pés sentem o chão mas ele é falso. Meus pés sempre me obrigam a sentir a verdade e eu sou obrigada a dizer a eles que aquele chão não dura e nem é de terra. Tenho medo do absurdo que é sorrir e dizer "guaraná normal e sem gelo, grata" enquanto se quer dizer "que merda é essa de estar voando se não sou a porra dum passarinho?" Tenho medo porque quando acabar estarei em outro lugar. Agora, se eu pudesse escolher o maior de todos os medos, eu diria "a chance disso cair agora é muito pequena". Estou sobrevoando, sem inteligência, a água profunda que aprendi a chamar de casa mas também de intervalo. A verdadeira angústia de voar é estar acima da nossa vida. Voar é tornar nossa rotina banal. Estou voando há dias, de primeira classe, com vista para o desenho de um país que não sei o nome. Ao lado de uma pessoa que, até que enfim, não é mais uma barrinha de cereal."

sexta-feira, 3 de agosto de 2012


"Me desculpe por eu ter querido tanto ficar bonita e perfeita e só ter conseguido olheiras e ossos. Me perdoe pelas vezes que de tanto querer leveza acabei pesando a mão. De tanto querer sentir, pensei sobre como estava sentindo, e perdi o sentimento. Ou senti sem pensar e isso pra mim é como meus medos das drogas e então precisei roubar a chave do carro do seu bolso pra me proteger de não olhar mais uma vez você e nunca mais voltar pra casa. Minha maior dor é não saber fazer a única coisa que me interessa no mundo que é amar alguém. Me perdoa por eu querer de uma forma tão intensa tocar em você que te maltrato. Minha mão acostumada com um mundo de chatices e coisas feias fica tão gigante quando pode tocar algo lindo e puro como você, que sufoca, esmaga e estraçalha. Me perdoe pela loucura que é algo tão pequeno precisando de amor e ao mesmo tempo algo tão grande que expulsa o amor o tempo todo. Eu sou uma sanfona de esperança. Eu tenho estria na alma.
Enfim. Cansei de pedir desculpa por quem eu sou. Cansei de ouvir de todo mundo como é que se trabalha, se ama, se permanece, se constrói. Eu tentei com todas as forças amar você e agora sofro com todas as forças pelo buraco que ficou entre o sofá e a planta e o meu coração. Você vai embora e eu vou voltar para as minhas manhãs com o iogurte que eu odeio mas que é a única coisa que passa pela garganta quando o dia tem que começar. Vou voltar para aqueles e-mails chatos de pessoas que eu odeio mas que pagam esse apartamento sem você. E ficar me perguntando de novo para quem mesmo eu tenho que ser porque só tem graça ser para alguém. E que se foda o amor próprio.
Você me disse e me olhou de formas terríveis mas o que sobrou colado em cada parte do dia e de mim é a maneira como você sorri levantando que nem criança o lábio superior direito e como eu gosto de você por isso e por tudo e mesmo quando é ruim e sempre quando é incrível e ainda e muito e por um bom tempo."

quinta-feira, 2 de agosto de 2012


"Hoje o inimigo é outro. Hoje eu não sei se consigo. Aliás, sei sim. Eu consigo. Mas me custa muito. Me custa caro. Tira a minha paz. Tira meu sono. Tira minha tranquilidade. Faz com que eu não me sinta tão capaz, tão segura, tão dona de mim. Eu, que sempre quis controlar tudo, dominar tudo, fazer tudo me sinto pequena, fragilizada, encolhida. Quando olho pela fresta das minhas janelas de dentro vejo uma menina com olhos arregalados, espantada com sintomas que chegam sem pedir licença."

quarta-feira, 1 de agosto de 2012


"Lembro que te vi caminhar, já havia um brilho no olhar. E junto com um sorriso seu, o teu olhar vem de encontro ao meu. E o meu dia se fez mais feliz, mesmo sem você perto de mim. Mesmo longe de mim... Me namora, pois quando eu saio eu sei que você chora. E fica em casa só contando as horas. Reclama só do tempo que demora, abre os braços vem e me namora..."