sexta-feira, 28 de dezembro de 2012


''Eu me arriscaria outra vez, levaria a culpa, levaria um tiro por você. E eu preciso de você como um coração precisa de uma batida, mas isso não é novidade...''

terça-feira, 25 de dezembro de 2012


"O mundo tá uma bagunça e o amor tá perdido nela, quase ninguém consegue achar. Uns acham a paixão de baixo de alguma caixa velha e acham que é pra sempre, tenho pena. Encontrar o amor no meio disso tudo é raridade, sorte de poucos e eu morro de inveja. Tem gente que jura e repete mil vezes ''eu te amo'' pro outro, mas quando passa alguém com uma bunda maior ou um braço mais definido do lado não pensa duas vezes antes de olhar. Desculpa, posso estar sendo utópica demais ou talvez um tanto extremista mas, pra mim, isso não é amor. Eu penso no amor como algo que faz o outro pensar só na gente, que faz a gente ver no outro tudo o que precisa e pronto, que se lasquem as outras bundas ou os outros braços. Aí tem gente que abre a boca pra falar que isso tudo é normal, que a gente é feito de carne e que não dá pra controlar o desejo. Discordo, porque eu também sou feita de carne e se eu amo, a única carne que eu desejo é do cara que eu escolhi pra tá do meu lado. Não abro mão de ter alguém que pense assim comigo, e se não for assim, prefiro a minha companhia e nada mais. Se não for pra ter alguém que só tenha olhos pra mim, prefiro andar de olhos fechados e coração fechado também. Num mundo onde o banal virou normal e onde o errado ficou aceitável, eu ainda espero pelo amor de verdade - e se não for pra ser de verdade, me desculpem, eu prefiro nunca amar como vocês têm amado por ai."

domingo, 23 de dezembro de 2012


"Acho que quando tudo acabar ele só volta em flashes, sabe? É como um caleidoscópio de memórias. Ele só tudo volta. Mas ele nunca faz. Acho que parte de mim sabia que o segundo eu vi que isso iria acontecer .Realmente não é nada do que ele disse, ou qualquer coisa que ele fez. foi a sensação que veio junto com ele. coisa louca é, eu não sei se eu nunca vou me sentir assim novamente. Mas eu não sei se eu deveria. Eu sabia que ele mudou rápido demais e queimou a brilhante, mas eu só pensei, "Como pode o diabo estar puxando você em direção a alguém que se parece muito com um anjo quando ele sorri para você? "Talvez ele soubesse que quando me viu. Acho que perdi o equilíbrio. Acho que a pior parte de tudo isso não foi perdê-lo. Foi me perder. Eu não sei se você sabe quem você é até você perder quem você é."

sábado, 22 de dezembro de 2012


“Queria tanto ficar bem sem você, sem falar, sem contato, mas ao mesmo tempo quase morro quando você não me conta como foi seu dia. Já basta essa distância insuportável e ficar um dia sem ter noticias suas acaba comigo.”

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012


"Você precisa fazer alguma coisa, as pessoas dizem. Qualquer coisa, por favor, as pessoas dizem. O que não dá é pra ficar assim. Nem que seja piorar, nem que seja enlouquecer. Olho o rosto das pessoas. Tem os ossos, dai tem a parte de dentro. Tem os olhos e tem o fundo dos olhos. Da boca saem esses sons. De repente alguém encosta em mim. Pra perguntar com o quentinho da mão se estou ouvindo e entendendo. Sorrio e torço pra pessoa ir embora. Torço pra alguém chegar, só pra torcer bem pouquinho por algo. Mas dai a pessoa começa a falar e torço pra pessoa ir embora. Não tem o que fazer, não tem o que dizer, não tem o que sentir. Sou uma ferida fechada. Sou uma hemorragia estancada. Tenho medo de deixar sair uma letra ou um som e, de repente, desmoronar."

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012


"Quando toca uma música bonita, minha ironia assovia mais alto. Um assovio sem melodia. Um assovio mecânico mas cuidadoso, como tomar banho ou colocar meias. Outro dia tentei chorar. Outro dia tentei abraçar meu travesseiro. Não acontece nada. Eu não consigo sofrer porque sofrer seria menos do que isso que sinto. Tentei falar. Convidei uma amiga pra jantar e tentei falar. Fiquei rouca, enjoada, até que a voz foi embora. Tentei aceitar o abraço da minha amiga, mas minha mão não conseguiu tocar nas costas dela. Não consigo ficar triste porque ficar triste é menos do que eu estou. Não consigo aceitar nenhum tipo de amor porque nenhum tipo de amor me parece do tamanho do buraco que eu me tornei. Se alguém me abraçar ou me der as mãos, vai cair solitário do outro lado de mim."

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012


"Se eu pudesse usar uma metáfora, diria que abriram a janela do meu peito e tudo de bom saiu voando. Eu carrego só uma jaula suja e escura agora. Se eu pudesse usar uma metáfora, eu diria que tiraram as rodinhas dos meus pés. Eu deslizava pelo mundo. Era macio existir. Agora eu piso seco no chão, como um robô que invadiu um planeta que já foi habitado por humanos. Mas eu não posso usar metáforas porque seria drama, seria dor, seria amor, seria poesia, seria uma tentativa de fazer algo. E tudo isso seria menos."

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012


"Não briguei mais por você, porque ter você seria muito menos do que ter você. Não te liguei mais, porque ouvir sua voz nunca mais será como ouvir a sua voz. Não te escrevo porque nada mais tem o tamanho do que eu quero dizer. Nenhum sentimento chega perto do sentimento. Nenhum ódio ou saudade ou desespero é do tamanho do que eu sinto e que não tem nome. Não sei o nome porque isso que eu sinto agora chegou antes de eu saber o que é. Acabou antes do verbo. Ficou tudo no passado antes de ser qualquer coisa. Forço um pouco e penso que o nome é morte. Me sinto morta. Sinto o mundo morto. Mas se forço um pouco mais, tentando escrever o mais verdadeiramente possível, percebo que mesmo morte é muito pouco. Eu sem nome você. Eu sem nome nós. Eu sem nome o tempo todo. Eu sem nome profundamente. Eu sem nome pra sempre."

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012


"Rendo-me, senhores. Esse amor existe mesmo, é invasivo e muitas vezes perverso, mas também pode ser discreto, sereno e indolor. Costuma acontecer ao menos uma vez na vida de todo ser humano, ou três vezes, aos 17, 35 e 58 anos, ou pode acontecer todo final de semana, se for o caso de um coração insaciável. Mas também pode acontecer nunquinha, e aí a outra verdade impera."

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012


"Posso te falar dos sonhos, das flores, de como a cidade mudou. Posso te falar do medo, do meu desejo, do meu amor... Posso falar da tarde que cai, e aos poucos deixa ver no céu a lua que um dia eu te dei... Gosto de fechar os olhos, fugir no tempo de me perder. Posso até perder a hora mas sei que já passou das seis. Sei que não há no mundo quem possa te dizer que não é tua a lua que eu te dei, pra brilhar por onde você for. Me queira bem, durma bem, meu amor. Eu posso falar da tarde que cai e aos poucos deixa ver no céu a lua que um dia eu te dei pra brilhar por onde você for. Me queira bem, durma bem, meu amor..."

"Mas eu a conheci, e é isso que torna minha vida atual tão estranha. Eu me apaixonei por ela enquanto estávamos juntos, e me apaixonei ainda mais nos anos em que ficamos separados. Nossa história tem três partes: um começo, um meio e um fim. Embora seja assim que todas as histórias se desenrolam, ainda não consigo acreditar que a nossa não durará para sempre. Reflito sobre essas coisas, e como sempre, nosso tempo juntos retorna à minha mente. Relembro como tudo começou, pois agora essas memórias são tudo o que me resta."

domingo, 9 de dezembro de 2012


"Dias iguais, mesmas rotinas, pensamentos, sentimentos..."


"Minha cara-metade. O outro pedaço da minha laranja. O amor da minha vida. É assim que eles costumam se apresentar. Patricia é a mulher da minha vida. Ricardo é o homem da minha vida. Juntos há 25 anos. Não é uma sorte Patricia e Ricardo terem nascido no mesmo século, no mesmo país, na mesma cidade? Fátima Bernardes é a mulher da vida de William Bonner. Edson Celulari é o homem da vida de Claudia Raia. Malu Mader é a mulher da vida de Tony Belotto. Casais bacanas, que parecem mesmo terem sido feitos uns para os outros. Mas se for verdade essa história de que existe alguém predestinado para ser nosso e nos fazer feliz, não seria uma tremenda coincidência o fato de, entre os bilhões de habitantes da Terra, termos cruzado com ele justo na casa da nossa prima? Costumamos chamar de "homem da minha vida" ou "mulher da minha vida" o nosso primeiro amor, ou o primeiro amor que deu certo, a pessoa que, entre todas as que a gente namorou, melhor nos entendeu, mais nos completou. É o principal amor de uma vida restrita, vivida numa única cidade, num mesmo bairro, freqüentando as mesmas ruas e o mesmo clube. Um amor pinçado de uma pequena amostra do universo. Mas se tivéssemos acesso ao universo inteiro, seria esse o amor eleito? O homem da sua vida pode estar em Macau, em Helsinque ou em Fernando de Noronha, fazendo mergulho submarino. O homem da sua vida pode ter nascido em 1886 e não estar mais entre nós. O homem da sua vida pode ser um economista, um guia turístico, um corredor de maratona. Pode ser um artista gráfico canadense de 49 anos que ainda está solteiro porque sente, dentro do peito, que ainda não conheceu a mulher da vida dele, que é você. Você que mora em Jericoacoara, tem 24 anos, está noiva do Zé e nem morta coloca os pés num avião.
A mulher da sua vida tanto pode ser uma cabeleireira da Baixada Fluminense como pode ser a Michelle Pfeifer. Como você vai saber, se não conhece uma nem outra? A mulher da sua vida pode estar ainda na barriga da mãe. Pior: pode ser essa mãe, grávida de um guitarrista e que nem sonha que você está de olho na mulher dele. Basta de fantasia. A mulher e o homem da nossa vida é quem está à mão e nos faz feliz, mas uma pulga atrás de orelha volta e meia nos faz pensar: alguém, em algum ponto do planeta, ainda estará a nossa espera?"

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012


"Até hoje ainda não sei como aconteceu. Em um instante estávamos conversando, no seguinte, ela inclinou-se sobre mim. Por um segundo, quis saber se o beijo quebraria o feitiço que nos envolvia, mas já era tarde demais para parar. Quando os lábios dela tocaram os meus, soube que poderia viver cem anos e visitar o mundo todo e nada se compararia ao momento único em que beijei a mulher dos meus sonhos e soube que meu amor duraria para sempre."

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012


"A necessidade cria o amor ou ele existe? A questão é delicada e conduz a uma resposta que confunde mais do que explica. Sim, a necessidade cria o amor. Sim, o amor existe. Na verdade, fomos condicionados pela sociedade e seus contos de fada a acreditar que o amor é uma coisa que acontece quando menos se espera, que domina nosso coração, que interrompe nossos neurônios e nos captura para uma vida de palpitações, suspiros e lágrimas. Que o amor não tem idade, não tem hora pra chegar, não tem escapatória. Que o amor é lindo, poderoso e absoluto, que vence todos os preconceitos, que vence a nossa resistência e ceticismo, que é transformador e vital. Esse amor existe e ai de quem se atrever a questioná-lo, ainda mais vocês, reles internautas, é o que devem estar dizendo os deuses lá em cima.
Rendo-me, senhores. Esse amor existe mesmo, é invasivo e muitas vezes perverso, mas também pode ser discreto, sereno e indolor. Costuma acontecer ao menos uma vez na vida de todo ser humano, ou três vezes, aos 17, 35 e 58 anos, ou pode acontecer todo final de semana, se for o caso de um coração insaciável. Mas também pode acontecer nunquinha, e aí a outra verdade impera. Sim, a necessidade também cria o amor. A pessoa nasce idealizando um parceiro para dividir a janta e as agruras, a cama e as contas, os pensamentos e os filhos. Passam-se os anos e esse amor não sinaliza, não apresenta-se, e o relógio segue marcando as horas, lembrando que o tempo voa. Esse ser solitário começa a amar menos a si mesmo, pelo pouco alvoroço que provoca a sua volta, e a baixa estima impede a passagem de quem quer se aproximar. É um círculo vicioso que não chega a ser raro. Qual a solução: solidão ou imaginação? O nosso amor a gente inventa, cantou Cazuza, no auge da sabedoria. A necessidade faz quem é feio parecer um deus, quem é tímido parecer um sábio, quem é louco parecer um gênio. A necessidade nos torna menos críticos, mais tolerantes, menos exigentes, mais criativos. A necessidade encontra sinônimos para o amor: amizade, atração, afinidade, destino, ocasião. A necessidade nos torna condescendentes, bem-humorados, otimistas. Se a sorte não acenou com um amor caído dos céus, ao menos temos afeto de sobra e bom poder de adaptação: elegemos como grande amor um amor de tamanho médio. O coração também sobrevive com paixões inventadas, e não raro essas paixões surpreendem o inventor. O amor pode ser casual ou intencional. Se nos faz feliz, é amor igual."

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012


"Eu penso que ser sincera é uma coisa tão natural, tão mais fácil, que acho que todo mundo sempre fala a verdade pra mim também. E esqueço o quanto as pessoas sentem prazer em complicar tudo. É a minha mania mais perigosa de todas, confiar. Confio mesmo, até você me provar que não vale a pena, não vale o risco. Aí eu nunca mais vou ser a mesma. Viro, na melhor das hipóteses, sua colega bem distante e não é por mal, é meu reflexo. Pra completar, minha outra mania chata é perdoar. Não guardo mágoa de ninguém, não porque não quero, só não consigo. Juro que não quero ver a pessoa nem pintada de ouro, até ela vir com o rabo entre as pernas e pedir desculpas, simples assim. E mesmo que muitas pessoas que passaram pela minha vida tenham traído a minha confiança, não acho justo punir quem tá chegando, pelo crime de quem já foi. Nessa, quase sempre quem paga a pena sou eu, mas eu durmo bem de noite e é isso que importa. Ás vezes eu fico aqui querendo perguntar pras pessoas "E aí, de tudo que você já me disse, o que era verdade? Só pra saber...". Mas não ia fazer diferença, então deixo as verdades e mentiras assim mesmo, misturadas, eles com suas coleções de máscaras e eu sempre tão exposta. Mas quer saber minha recompensa? Quem gosta de mim, quem tá do meu lado, tá por mim do jeito que eu sou, sem enganação. Amam a mim e não uma personagem. E, no fim das contas, ser enganada fica muito pequeno, porque os maiores enganados são eles mesmos e é uma pena. No meio de tantas máscaras, uma hora o rosto real se perde e tanta coisa se perde junto. Não sei se pode-se atribuir a mim a faixa de ingênua nessa história toda, como sempre é atribuído. Mas eu aceito e lamento. Que percam-se."


"A cada dia me convenço que a infelicidade, a amargura, o tédio e as queixas diárias da maioria das pessoas são tesouros que elas preservam com o maior zelo. Sofrer lhes justifica a existência. Sentem-se mais vivas com sua penúria emocional do que usufruindo dessa tal de leveza que alguns alardeiam. Que leveza, o quê. Mulher séria é mulher contraída e obediente às leis que ela não inventou, mas respeita e teme. Ela não é louca de arriscar perder o controle sobre si própria."


"Achamos que sabemos quais são as melhores escolhas para nossa vida, e é verdade que alguma intuição temos mesmo, mas certeza, nenhuma. Achamos que sabemos como será envelhecer, como será ter consciência de que se está vivendo os últimos anos que nos restam, como será perder a rigidez e a saúde do corpo, achamos que sabemos como se deve enfrentar tudo isso, mas que susto levaremos quando chegar a hora. Achamos que sabemos o que pensam as pessoas que nos fazem confidências. Aceitamos cada palavra dita e nos sentimos honrados pelas informações recebidas, sem levar em conta que muito do que está sendo dito pode ser da boca pra fora, uma encenação que pretende justamente mascarar a verdade, aquela verdade que só sobrevive no silêncio de cada um.
Achamos que sabemos decodificar sinais, perceber humores, adivinhas pensamentos, a às vezes acertamos, mas erramos tanto. Achamos que sabemos o que as pessoas pensam de nós. Achamos que sabemos amar, achamos que sabemos conviver e achamos que sabemos quem de fato somos, até que somos pegos de surpresa por nossas próprias reações. Achar é o mais longe que podemos ir nesse universo repleto de segredos, sussurros, imcompreensões, traumas, sombras, urgências, saudades, desordens emocionais, sentimenos velados, todas essas abstrações que não podemos tocar, pegar nem compreender com exatidão. Mas nos conforta achar que sabemos."

terça-feira, 4 de dezembro de 2012


"Eu tenho feito de conta que você não me interessa muito, mas não é verdade. Você é a pessoa mais especial que já conheci. Não por sua beleza ou por pensar como eu sobre tantas coisas, mas por algo maior e mais profundo do que aparência e afinidade."

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012


"Teus segredos, vou aprender a decifrar. Teus desejos, me ensina a realizar. Eu te estudo, te admiro, te espero."

sábado, 1 de dezembro de 2012


"Já deve ter acontecido com você. Você está morrendo de rir e de repente o riso vira choro. Ou você ouve uma música que a faz lembrar de alguém, e as lágrimas escorrem. Ou você está deitada à noite, sem conseguir dormir, sem conseguir sentir nada, gostar de nada, e chora sem saber a razão, e isso lhe dá ainda mais vontade de continuar chorando. Por que a gente chora? Tem choro de alegria, de revolta, mas o mais comum é mesmo o choro de tristeza, e o motivo nem sempre é o que parece ser. Você briga com uma amiga mas chora pela falta de auto-estima. Perde a vaga de um emprego mas chora porque se sente incapaz. Não é aprovado no vestibular mas chora porque acha que nada dá certo pra você. Você não chora pelo o que lhe acontece, mas por quem você é. Daí que a única comporta capaz de estancar o aguaceiro é o auto-conhecimento. Quando a gente detecta as próprias limitações e dispõe-se a vencê-las, consegue trocar lágrimas por disposição e seguir em frente, com os olhos abertos e bem secos. Aprender a conviver com a rejeição ajuda a economizar uma nota em lenços de papel. Ninguém vai deixar de chorar, que isso faz parte da vida de qualquer ser humano, mas nos conhecendo melhor, passamos a chorar mais pelos outros e menos por nós mesmos.
"

sexta-feira, 30 de novembro de 2012


"É amor quando eu acordo sorrindo pra você todas as manhãs. É amor quando o meu pensamento te acompanha durante o decorrer do dia. É amor o que eu sinto quando deito a cabeça no travesseiro e fico imaginando nós dois juntos. É amor tudo o que eu faço, tudo o que eu vivo e o que eu respiro. É amor."


“Eu tinha me fechado para os sentimentos com medo das pessoas mentirem para mim e deixarem um vazio tão grande que eu não pudesse aguentar. Pensei que aconteceriam as mesmas coisas que aconteceram com pessoas próximas à mim. Tive medo de me magoar. Mas ai você apareceu, com seu jeito único de ver a vida, e me fez pensar em tudo que eu abri mão, me fez ver que tudo que eu mais precisava era fazer sentido na vida de alguém, me mostrou que eu precisava do que eu estava me privando, me mostrou que o amor sempre merece uma segunda chance.”

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

  
"Uma vez eu estava no cinema vendo um filme triste. Não era dilacerante, só um pouco terno, mas eu comecei a chorar mesmo assim. Não costumo chorar em cinema, no máximo fico comovida, com o olho cheio d'água, mas dessa vez chorei de lavar a alma. De repente a parte triste do filme cessou, estava numa parte até bem alegre, e eu seguia me debulhando. Já nem via mais o filme que passava na minha frente, estava agora assistindo o filme que passava dentro de mim, e chorava feito uma condenada.  Mas nenhum choro é tão sentido quanto aquele que não tem razão aparente. Chorar faz bem, todos dizem, mas eu não gosto. Chorar me dói, me incha e me fragiliza. Assim como ajoelhar faz a gente sentir mais fé e beijar nos torna mais apaixonados, chorar me faz sentir ainda mais pra baixo. Mas não é algo que se possa impedir. Choro vendo reportagens sobre crianças que passam fome, choro ao saber de grandes injustiças, choro lendo as passagens emocionantes de um livro, e chorei à beça quando, semana passada, prendi o dedo na porta do carro. Mas nenhum choro é tão sentido quanto aquele que não tem razão aparente."




quarta-feira, 28 de novembro de 2012


"É você. Só você Que na vida vai comigo agora. Nós dois na floresta e no salão. Nada mais. Deita no meu peito e me devora. Na vida só resta seguir um risco, um passo, um gesto rio afora. É você. Só você. Que invadiu o centro do espelho, nós dois na biblioteca e no saguão. Ninguém mais. Deita no meu leito e se demora..."

segunda-feira, 26 de novembro de 2012


"Pode confiar na mulher que nunca joga fora o xampu quando termina. Porque nunca acha que termina. São vários potes no box do banheiro. Uma milícia de cheiros. A maior parte com um resto luminoso. Alguns virados para facilitar a saída desesperada da fragrância. Mas ela não descarta. Pensa que aquilo que não perfuma seus cabelos é ainda capaz de perfumar suas mãos. Permanece com a esperança de que um dia terá uma emergência e ele será útil. Para seus olhos, nada está inteiramente morto, nada está inteiramente esgotado. Não depende de muito para seguir vivendo, pede um mínimo de realidade; acostumada a sempre completar por sua conta. A mulher que não joga o xampu fora não jogará nenhum homem fora. A menos que ele esteja seco por dentro, acabado, sem nenhuma emoção para oferecer, consumido pelo silêncio da esponja.
Quem pensa demais não faz, não se arrisca, não se entrega. O pré-requisito é criado para impedir que mudanças aconteçam. É necessário ser imaturo para amar. É necessário ser imaturo para engravidar. É necessário ser imaturo para juntar as tralhas e pertences, construir uma casa em comum, e seguir ameaçado pelo humor do próximo. Merece o amor quem trabalha por ele, quem sofre por ele, quem não quis ser mais inteligente do que sensível, quem é absolutamente idiota para sacudir um pote de xampu já findo."

sábado, 24 de novembro de 2012


"Quando a gente conversa, contando casos, besteiras. Tanta coisa em comum, deixando escapar segredos. E eu não sei que hora dizer me dá um medo, que medo. É que eu preciso dizer que eu te amo, te ganhar ou perder sem engano. É, eu preciso dizer que eu te amo tanto. E até o tempo passa arrastado só pra eu ficar do teu lado. Você me chora dores de outro amor, se abre e acaba comigo. E nessa novela eu não quero ser teu amigo... É que eu preciso dizer que eu te amo, te ganhar ou perder sem engano. É, eu preciso dizer que eu te amo tanto. Eu já nem sei se eu tô misturando, aaah eu perco o sono. Lembrando em cada riso teu, qualquer bandeira. Fechando e abrindo a geladeira a noite inteira. Eu preciso dizer que eu te amo, te ganhar ou perder sem engano. Eu preciso dizer que eu te amo tanto."

sexta-feira, 23 de novembro de 2012


"Estou na fase mais difícil da minha vida. Não sei não ser uma idiota e amo o idiota ainda mais do que toda a dor que ele me causa. Mas não dá mais pra sentir a vida com cinco anos de idade. E esperar que o mundo tenha carinho com isso como se o mundo não estivesse ocupado com seus cinco anos de idade também. É lindo ser idiota. É a única coisa que me levanta da cama de manhã. Mas já machuca há mais de trinta anos e simplesmente não dá mais. Tudo começou a dar defeito e a me pedir proteção. Eu escuto meus órgãos e meu cérebro e meu coração me pedindo "chega". Preciso deixar você ir...mas até pra deixar você ir, me exponho ao ridículo novamente. Como é difícil."


"Acho legal você brincar com a sorte, mas se eu fosse você não teria tanta certeza da minha posse assim. Talvez ninguém tenha te avisado ainda, então desculpa se eu vou te dar essa notícia sem te preparar antes, mas a porra do mundo não gira em torno do seu umbigo. Ficou chocado? Acontece. Só queria te dar um conselho, em nome da nossa amizade e meu carinho por você, tira uma mão da liberdade e se gura um terço. Fica assim, agarrado nas duas coisas, sabe? E reza, reza muito pra não aparecer ninguém que mexa comigo enquanto você fica brincando de não saber o que quer. Porque eu sou amor, e ainda que não seja o seu, essa é a minha essência. E você não deve acreditar muito nessa ideia, pelas tantas vezes que eu quase fui, mas um dia eu vou… sempre foi assim. Mas deixa eu te contar um segredo: se eu for, eu não volto.”

quinta-feira, 22 de novembro de 2012


“Se eu vivo bem sem você, por que eu continuo te olhando? Por que eu sempre volto aqui? Por que eu ouço musicas que falam de tristeza? Por quê? Você não vale isso. Mas eu faço. Eu continuo fazendo.”

quarta-feira, 21 de novembro de 2012


"Você percebe que as coisas estão saindo dos trilhos quando o que mais te irritava começa a fazer falta na sua rotina. Aquelas coisinhas que te deixam fora de sim, mas que você sabe que é um modo de outro alguém demonstrar importância. Você percebe que as coisas não estão normais de um jeito completamente negativo, quando os momentos de conversas longas tornam-se raros. A gente sabe, a gente sempre sabe quando tá tudo desandando. Ter uma ideia superficial acerca de algo é um bom início de frustrações futuras. Pior ainda é não ter nenhuma ideia, tampouco paciência pra fazer as coisas mudarem. E se tudo piorar? E se o trilho quebrar? E se a coisa continuar a desandar e se afastar? Tem como ficar pior? Tem!"

terça-feira, 20 de novembro de 2012


"Tanto quero o pão quanto o vinho, a realidade e a fantasia, é isso que nos mantem vivos..."

segunda-feira, 19 de novembro de 2012


"Apaixone-se por alguém que te curte, que te espere, que te compreenda mesmo na loucura; por alguém que te ajude, que te guie, que seja teu apoio, tua esperança. Apaixone-se por alguém que volte para conversar com você depois de uma briga, depois do desencontro, por alguém que caminhe junto a ti, que seja teu companheiro. Apaixone-se por alguém que sente sua falta e que queira estar com você. Não apaixone-se apenas por um corpo ou por um rosto; ou pela idéia de estar apaixonado."

quinta-feira, 8 de novembro de 2012


“Mas é você, sempre vai ser você. Sempre vai ser a sua voz, o seu jeito, os seus efeitos. Sempre vai ser aquela música que faz todo o sentido quando lembro de você, sempre vai ser seu comportamento infantil ou adulto demais. Seus gostos, suas manias, suas carências. Sua birra, seu jeito teimoso e incontrolável. Sua implicância, sua arrogância e seu orgulho. Sempre vai ser essa sua mania de tentar fugir do mundo, seu ciúme, sua falta de compreensão. Sempre vão ser os seus erros, seus acertos. Sempre, sempre. Quando eu acordar e querer me esconder de tudo ou quando eu for dormir e só conseguir pensar em você. Sempre. Mesmo que dê tudo errado, que as coisas mudem, que o tempo passe. Sempre."

quarta-feira, 7 de novembro de 2012


"Não prometo que vou aguentar tua grosseria ou tua arrogância durante ou depois de uma briga. Não prometo que vou secar tuas lágrimas quando eu ou mesmo alguém te magoar. Não prometo que vou entender os teus erros, nem que sempre terei uma solução para os teus problemas. Não prometo que te darei espaço quando você precisar, ou que eu não vá precisar de um tempo, também, sozinha. Não prometo aceitar sempre os teus defeitos, porque, até eu, que te amo inteiro, vou me questionar do porque você tem que ser assim. Não prometo que não vou brigar com você por besteiras, como uma foto tua perto daquela tua amiga que eu não gosto ou um comentário da mesma te chamando de “lindo”, só por saber que isso não te agrada. Não prometo te fazer rir ou sorrir sempre. Nem que estarei o tempo inteiro com esse bom humor que te fez apaixonar por mim. Não prometo achar uma solução pra tudo. Mas o que estiver ao meu alcance para fazer por você e por nós, eu farei. E em tudo o que eu fizer, te entregarei um pouco mais do meu amor. Mesmo quando eu for egoísta, quando eu te mandar embora, quando eu não quiser a tua companhia. Eu vou estar te amando. Como fiz durante esses meses, quietinha, discreta, sem gritar aos quatro cantos. Simplesmente te amando. E me bastando com NOSSO amor..."

sábado, 3 de novembro de 2012


“Mas é você, sempre vai ser você. Sempre vai ser a sua voz, o seu jeito, os seus efeitos. Sempre vai ser aquela música que faz todo o sentido quando lembro de você, sempre vai ser seu comportamento infantil ou adulto demais. Seus gostos, suas manias, suas carências. Sua birra, seu jeito teimoso e incontrolável. Sua implicância, sua arrogância e seu orgulho. Sempre vai ser essa sua mania de tentar fugir do mundo, seu ciúme, sua falta de compreensão. Sempre vão ser os seus erros, seus acertos. Sempre, sempre. Quando eu acordar e querer me esconder de tudo ou quando eu for dormir e só conseguir pensar em você. Sempre. Mesmo que dê tudo errado, que as coisas mudem, que o tempo passe. Sempre. Eu sempre vou ter aquela necessidade maior por você do que por qualquer outra pessoa, sempre vou sentir sua falta mais do que eu pensei que fosse possível sentir de alguém um dia. Sempre vou querer mais você, pedir mais você. Sempre vou fazer birra e cara feia dizendo que não te quero mais e vou pedir baixinho teus braços. Sempre. Mesmo que as coisas saiam da forma contrária que esperamos. Eu sempre vou querer seu abraço, seu beijo, seu cheiro. Não importa o quanto as coisas estejam difíceis. Sempre vai ser você que deixará tudo melhor, mesmo quando parecer impossível. Sempre vai ser eu e você, nós. Mesmo depois das brigas, dos medos, da falta. Sempre. No final a gente sempre se acerta, sempre se ajeita. Porque foi você, é você, será você. Nós, juntos. E ninguém no mundo pode mudar isso.”

domingo, 28 de outubro de 2012




"Até quando vou continuar achando todo mundo idiota demais pra mim e me sentindo a mais idiota de todos? Foi então que eu descobri. Ele está exatamente no mesmo lugar que eu agora, pensando as mesmas coisas, com preguiça de ir nos mesmos lugares furados e ver gente boba, com a mesma dúvida entre arriscar mais uma vez e voltar pra casa vazio ou continuar embaixo do edredom lendo mais algumas páginas do seu mundo perfeito. A verdade é que as pessoas de verdade estão em casa. Não é triste pensar que quanto mais interessante uma pessoa é, menor a chance de você vê-la andando por aí?"

quinta-feira, 25 de outubro de 2012


"Esse texto é pra te falar uma coisa boba. É pra te pedir que não tenha medo de mim. Sabe esses textos que eu publico aqui, falando putaria? Sabe esses textos falando que eu sei disso e sei daquilo? Eu não sei de nada. Eu só queria ser salva. Eu só queria que isso que eu tô sentindo agora durasse…"

sexta-feira, 19 de outubro de 2012


"Escrevo isso e choro. Porque quero tanto e não quero tanto. Porque se acabar morro. Porque se não acabar morro. Porque sempre levo um susto quando te vejo e me pergunto como é que fiquei todos esses anos sem te ver. Porque você me entedia e dai eu desvio o rosto um segundo e já não aguento de saudade. E descubro que não é tédio mas sim cansaço porque amar é uma maratona no sol e sem água. E ainda assim, é a única sombra e água fresca que existe. Mas e se no primeiro passo eu me quebrar inteira? E se eu forçar e acabar pra sempre sem conseguir andar de novo? Eu tenho medo que você seja um caminhão de luz que me esmague e me cegue na frente de todo mundo. Eu tenho medo de ser um saquinho frágil de bolinhas de gude e de você me abrir. E minhas bolhinhas correrem cada uma para um canto do mundo. E entrarem pelas valetas do universo. E eu nunca mais conseguir me juntar do jeito que sou agora. Eu tenho medo de você abrir o espartilho superficial que aperto todos os dias para me manter ereta, firme e irônica. Minha angústia particular que me faz parecer segura. Eu tenho medo de você melhorar minha vida de um jeito que eu nunca mais possa me ajeitar, confortável, em minhas reclamações. Eu tenho medo da minha cabeça rolar, dos meus braços se desprenderem, do meu estômago sair pelos olhos. Eu tenho medo de deixar de ser filha, de deixar de ser amiga, de deixar de ser menina, de deixar de ser estranha, de deixar de ser sozinha, de deixar de ser triste, de deixar de ser cínica. Eu tenho muito medo de deixar de ser."

sábado, 13 de outubro de 2012


"Eu sei que falei em prazer gratuito semanas atrás, e sei o que você pensa a respeito: nada é gratuito. Mas, por enquanto não consigo contrariar essa forte impressão de que a conta não virá. Se eu sinto alguma culpa, não é pelo o que faço às escondidas, não é culpa por estar me dedicando a uma experiência socialmente reprovável: é culpa por não sentir culpa alguma, por estar achando tudo condizente com meu grau de exigência em relação ao aproveitamento do meu tempo, condizente com a minha fome, que nunca foi de comida, mas de vivência. A pergunta que mais faço é: por que não? Desde pequena, desde que tomei gosto pelo ato de respirar e me senti atraída pelos dias que estavam por vir, horas repletas de novidade, desde que eu despertei para a leitura e que passei a sentir o sabor das coisas de uma forma muito entusiasmada, desde que eu soube que podia pensar e que o pensamento era livre, que dentro do meu pensamento ninguém poderia me achar, desde que meus seios cresceram e eu descobri que pessoas tinham cheiro, desde lá até aqui eu me pergunto: por que não me oferecer para aquilo que não fui preparada? Eu tenho as armas de que necessito para me defender, e mesmo que eu perca, eu ganho, já perdi algumas vezes e sei como funciona a lei das compensações. Quero acolher com generosidade o que em mim se manifesta de forma incorreta. Não vou pedir permissão aos outros para desenvolver a mim mesma, mando no meu corpo e em tudo o que ele confina, coração incluído, consciência incluída. Talvez eu esteja com receio de ter ido longe demais desta vez e esteja preparando a minha defesa, caso alguma coisa não saia como esperado. O que eu espero? Não espero nada, espero tudo, estou à deriva nessa aventura. Eu queria cristalizar esse momento da minha vida, mas estou em alta velocidade, e não sei se quero ir adiante, só que eu não tenho opção. Acho que é isso. Eu tinha opções, agora não tenho. Não consigo parar esse trem."

quarta-feira, 10 de outubro de 2012


"Não foi planejado, nem premeditado. Foi só um querer estar perto e cuidar, tomar as dores e lágrimas como se fossem suas. A vontade e o desejo vieram depois, bem depois. Não foi um lance de corpo, foi um lance de alma. Não foram os olhos, nem os sorrisos, nem o jeito de andar ou de se vestir, foram as palavras. Uma saudade e uma urgência daquilo que nunca se teve, mas era como se já tivesse tipo antes. Foi amor. É amor."

sexta-feira, 21 de setembro de 2012


"Perguntaram a John Lennon: Por que você não pode ficar sozinho, sem ela? Eu posso, mas não quero. Não existe razão no mundo porque eu devesse ficar sem ela. Não existe nada mais importante do que o nosso relacionamento, nada. E nós curtimos estar juntos o tempo todo. Nós dois poderíamos sobreviver separados, mas pra quê? Eu não vou sacrificar o amor, o verdadeiro amor, por ninguém, nenhum amigo e nenhum negócio, porque no fim você acaba ficando sozinho à noite. Nenhum de nós quer isto, e não adianta encher a cama de transa, isso não funciona. Eu não quero ser um libertino. É como eu digo na música, eu já passei por tudo isso, e nada funciona melhor do que ter alguém que você ame te abraçando."

"Desculpa, amo você, se cuida..."

domingo, 16 de setembro de 2012


"Já não sei dizer se ainda sei sentir. O meu coração já não me pertence, já não quer mais me obedecer! Parece agora estar tão cansado quanto eu. Até pensei que era mais por não saber que ainda sou capaz de acreditar. Me sinto tão só e dizem que a solidão até que me cai bem. Às vezes faço planos, às vezes quero ir para algum país distante e voltar a ser feliz! Já não sei dizer o que aconteceu se tudo que sonhei foi mesmo um sonho meu. Se meu desejo então já se realizou o que fazer depois, pra onde é que eu vou? Eu vi você voltar pra mim; Olha, eu sei que o barco tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar também.Tá me entendendo? Eu sei que sim. Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, mas pra isso preciso saber se você vai também. Porque sozinha, não vou. Não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em torno de mim mesma. Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também! Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia. Mas você tem que prometer que vai remar também, com vontade! Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção científica, o que for. Aprendo a pescar, se precisar. Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças!Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena.

Remar.
Re-amar.
Amar."

quarta-feira, 12 de setembro de 2012


Te ver com aquele olhar de raiva e entender o que queria me dizer: "vem me pedir desculpa, sua filha da puta". Mas eu não tinha feito nada... Brigar, brigar, brigar tanto ao ponto de  ter que se separar na hora a aula. O tempo parecia não acabar nunca mais... Eu ficava mais apreensiva, era de nós que se tratava, da nossa briga. O tempo acabou e eu te vi levantar mas não foi pra ir em direção a minha cadeira. Eu quis morrer. Eu me deprimi. Meu Deus, tanta coisa passou pela minha cabeça que deu até vontade de chorar, juro. Eu quis fazer de tudo pra chamar tua atenção, mas me faltava oportunidade, sei lá. Cheguei a inventar dor de cabeça pra disfarçar a tristeza, mas quem é que nunca fez isso, não é?
Eu passei na tua frente, você veio atrás de mim chamando pelo meu nome, meu coração quase saiu pela boca. Eu sorri. Você me abraçou. Olhei nos teus olhos, vi aquele sorriso lindo, o rostinho encantador. Eu perguntei o por que da raiva, o por que do distanciamento. Te abracei. Você me mordeu. A briga acabou.
Teu abraço me fez sentir uma coisa tão incrível, se eu pudesse não teria te soltado NUNCA MAIS. Rosto colado, corpos colados, minutos ali sem se soltar, corpo com corpo, um contato único. Eu não te soltei por nada, você não me soltou por nada. Permanecemos ali, foi incrível. Eu nunca vou conseguir explicar a felicidade que é te ter junto de mim, depois de hoje percebi o quanto preciso te ti pra viver. Não me abandona, não solta minha mão. Fica, eu te farei feliz. Eu amo você.

<3

segunda-feira, 3 de setembro de 2012


"Volto com o pescoço alongado de tanto perseguir com queixos altivos a sua beleza. Um nem aí escravo. O estivador amendoado não é seguro mesmo dentro de tanta enlouquecedora beleza. Enquanto ele se move de um canto a outro da festa, como dezoito sobremesas de chocolate para não ajoelhar no meio do evento, na frente de todos, e abrir o zíper do estivador amendoado.Sinto espasmos de ataque percorrendo meu corpo. Cada centímetro de mim quer ter boca para degustar cada centímetro do estivador amendoado. Seu braço é uma coxa minha e isso me emociona mais do que cem garotos angelicais lendo Dostoievski em puro russo. Medi com uma língua imaginária seus ombros e na metade, próximo a nuca, acabava a minha saliva. Você é homem de exaurir pessoas e suas imensas porcentagens de água. Sua existência exige do mundo melhores peles, melhores líquidos, melhores pelos. Você constrange a humanidade só de respirar. O oxigênio volta mais agradecido sempre que pode entrar e sair do seu largo e desenhado peitoral. Mas o estivador amendoado, ainda mais bonito por não saber de tamanho poder, fica frágil e sente ataques de ansiedade. E desaparece. Vai tomar ar como se o ar já não estivesse louquinho de desejo para ser tomado por ele. Acha que é doença mas é a lua que implora para vê-lo novamente. É o céu que cansado de embrulhar tanta gente feia clama por sua existência ao ar livre. É o sol que exaurido de iluminar os erros humanos precisa ser ofuscado um pouco por outro astro. Sim, nada é mais brega do que observar o estivador pensando tantos elogios de botequim. Estivador vai até a sacada, fecha os olhos, lamenta algo. Não lamente mais, eu dedicaria cada segundo da minha vida em vesti-lo, alimentá-lo e animá-lo. Sente-se nu em meu sofá e ganhe cinqüenta reais a cada vez que seus olhos amendoados piscarem. Mais cem reais a cada vez que seus cabelos amendoados caírem sobre seus cílios amendoados. Eu não sei que cor é essa "amendoada" mas sei que você é todo dessa cor que não sei direito. A cor de um dia frio com sol. A cor de uma noite com luzes quentes. Eu pagaria imposto a Deus pra ter você em minha casa, eu pagaria imposto ao diabo pra não ter você em minha casa por alguns dias só para me assustar dessa forma, depois, quando você surgisse de novo do alto da escada, perguntando se vou querer pipoca ou chocolate. Você me assusta como deve ser a alguém miserável encontrar um carro forte abandonado. Estivador amendoado, você arrancou as talas dos meus braços, sua beleza endureceu meus dedos. A ereção dos dedos que precisam te tocar então tocam as letras e formam um texto para usufruir você. Escrevo pra ver se gozo de alguma forma e volto a dormir. Você me dá ânsias em lugares que não tenho. Você sorri com sua cara séria e nunca sei se você está se divertindo ou odiando tudo. E então começo a fabricar sêmens dentro do meu coração. E então meus buracos se transformam em lanças para te furar inteiro. Fico tão fêmea que nem pareço mais com uma mulher. E então sinto dores inchadas em minhas bolas quando você parte mais uma vez, sem que eu pudesse lamber suas axilas e morder sua virilha e chupar seus dedos. Eu desejo trepar com pedaços seus que não são só feitos de orifícios, línguas e paus. Eu desejo trepar com seu nariz, colovelos, calcanhares e com os ossos salientes da sua bacia quadrada. Bacia quadrada, rosto quadrado. Você num quadro, milhões de euros, eu a pagar com gosto e sem pressa o preço mais caro do mundo. Mas em centavos, para que nunca termine a imensa oferta da sua beleza."

sábado, 18 de agosto de 2012

 

“Eu estava aqui. Bem aqui. Com o meu clichê “eu te amo, te quero bem”. Eu estava aqui. Para seus problemas pessoais, suas crises de solidão, seus cortes no pulso. Amor, eu estava aqui. Pras brigas, discussões, xingamentos, abraços, amor e sono. Tudo em sequência. Eu estava aqui quando você, arredia e espalhafatosa, derramava as flores pelo caminho, as dores pelas estradas, o desamor nas esquinas de bar. Estava aqui quando você clamava por alguém, pedia proteção, ajuda e sossego. Eu estava aqui. Estava amor, e você… você não viu.”


terça-feira, 14 de agosto de 2012


"Não. O final nunca chega; transforme-se e afasta-se novamente colocando asas sobre o que antes não podia ser. É que o final nunca chega; uma outra parte do ifinito é que se torna e é assim que continua eternamente, como um eco. Por certo, são os nomes que se acabam; mas é que eles nunca foram! O que há sobre tudo é o indefinido e o continuo. O olhar e a superficie de tudo e o significar dela tem fingido que é."

sábado, 11 de agosto de 2012

 

"Mas aí, daqui uns dias você vai me ligar. Querendo tomar aquele café de sempre, querendo me esconder como sempre, querendo me amar só enquanto você pode vulgarizar esse amor. Me querendo no escuro. E eu vou topar. Não porque seja uma idiota, não me dê valor ou não tenha nada melhor pra fazer. Apenas porque você me lembra o mistério da vida. Simplesmente porque é assim que a gente faz com a nossa própria existência: não entendemos nada, mas continuamos insistindo."

quinta-feira, 9 de agosto de 2012


"De vez em quando eu penso em quando estávamos juntos. Como quando você disse que se sentiu tão feliz que você poderia morrer. Eu falei para eu mesmo que você era certa pra mim. Mas mas senti tão sozinho em sua compania. Mas isso era o amor e é uma dor que ainda me lembro. Você pode ficar viciado em um certo tipo de tristeza, como renúncia ao final, sempre o final. Assim, quando descobrimos que não fazíamos sentido. Bem, você disse que ainda seríamos amigos. Mas eu admito que eu estava feliz por tudo ter acabado. Mas você não precisava ter me cortado de vez. Fazer como se nunca tivesse acontecido que não era nada. E eu nem sequer preciso do seu amor. Mas você me trata como um estranho e se faz tão rude. Não, você não tem que descer tão baixo. Ter seus amigos, recolher os seus registros e mudar seu número. Eu acho que eu não preciso, apesar de que agora você é apenas alguém que eu costumava conhecer...
Agora você é apenas alguém que eu costumava conhecer.
Agora você é apenas alguém que eu costumava conhecer.
De vez em quando eu penso em todas as vezes que você me ferrou. Mas me fezia acreditar que era sempre culpa de algo que eu tinha feito. Mas eu não quero viver dessa maneira, analisando cada palavra que você diz. Você disse que você poderia deixar pra lá e eu não iria pegar, você se desligou de alguém que você costumava conhecer. Mas você não precisava ter me cortado de vez. Fazer como se nunca tivesse acontecido que não era nada. E eu nem sequer preciso do seu amor..."